sexta-feira, 17 de julho de 2009


trechos da grande obra “Os Trabalhadores do Mar”, de Victor Hugo.
“Nada se compara à timidez da ignorância, a não ser a sua temeridade. Quando a ignorância começa a ousar é que tem uma bússola consigo. Essa bússola é a intuição da verdade, mais clara às vezes num espírito simples que num espírito complicado.
Ignorar convida a tentar. A ignorância é um devaneio e o devaneio curioso é uma força. Saber, desconcerta às vezes, e desaconselha muitas.
(…) O ignorante pode achar, só o sábio inventa.” (Livro Segundo – O Trabalho – capítulo II)
“O olho do homem é feito de modo que se lhe vê por ele a virtude. A nossa pupila diz que quantidade de homens há dentro de nós. Afirmamo-nos pela luz que fica debaixo da sobrancelha. As pequenas consciências piscam o olho, as grandes lançam raios. Se não há nada que brilhe debaixo da pálbebra, é que nada há que pense dentro do cérebro, é que nada há que ame no coração. Quem ama quer e aquele que quer relampeja e cintila. A resolução enche os olhos de fogo; admirável fogo que se compõe da combustão de pensamentos tímidos.

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